Afastaram-se um do outro e de DEUS. Tiveram capacidade de se acusar mutuamente e de mentir. O amor foi prejudicado severamente de um instante para outro. Assim trataram de fazer um improviso de roupas. Antes do pecado eram tão íntimos que a sua nudez não interferia em seu relacionamento natural. Agora não queriam mais ser vistos assim por DEUS.
Além disso, surgiu, o senso de culpa. Além de roupas, trataram de se esconder de DEUS (Gên. 3:7 e 10). E mais, de um momento para outro surgiu uma estranha criatividade, a da desculpa esfarrapada, ou seja, um empurrou seu erro para o outro. O homem disse que foi a mulher que lhe deu para comer. A mulher disse que a serpente a enganou. E a serpente por certo há tempos vinha culpando a DEUS pelas coisas que estava passando. E, curiosamente, DEUS assumiu as culpas de todos, menos da serpente. Por isso JESUS veio ao mundo morrer pela humanidade.
A seguir toda a natureza sofreu transformações dramáticas. Agora fora-se o equilíbrio natural inocente, e se iniciava um outro tipo de equilíbrio, o da luta pela sobrevivência. Sim, agora tudo aqui tornou-se mortal, e a morte fez surgir a necessidade de luta pela sobrevivência. A serpente passou a rastejar junto ao pó (Gên. 3:14). Na vegetação surgiram espinhos, cardos (praga da lavoura) e plantas daninhas e venenosas. Os animais, muitos deles tornaram-se predadores, passaram a comer carne e atacar outros animais, inclusive o homem. A terra teve que ser lavrada para produzir, pois as plantas não mais duravam para sempre, elas morriam. E passou a haver plantas que duravam apenas um ano, como os cereais, outras duravam muitos anos. O homem passou a ter que trabalhar para obter alimento. Basicamente precisava plantar, colher e cuidar dos animais domésticos, e tratar da defesa contra os animais que se tornaram nocivos, bem como das pragas da terra.
A mulher agora teve filhos com dores. Eles também precisavam trabalhar para ter o seu sustento, precisavam suar de sol a sol. E a necessidade de trabalhar foi aumentando cada vez mais, na medida em que o produto do trabalho tornou-se motivo de comércio. Pessoas e grupos de pessoas foram se especializando, e uns precisavam comprar dos outros. Não demorou muito para descobrirem os fundamentos da riqueza, de ter mais que os outros, surgindo a ganância. Daí surgiu a vontade de roubar, de fazer guerras e de tirar dos outros. Surgiu a exploração, a escravidão, as diferenças sociais, os níveis de importância e status. Nada disso fora plano de DEUS, mas fruto do pecado.
Porém nesse contexto deplorável surgiu outra invenção nociva: a imaginação de deuses estranhos. Os homens queriam ter uma força superior para seus empreendimentos, para os quais já não podiam contar com a colaboração do DEUS Criador, como foi nos tempos de Adão e Eva, antes do pecado. Então, afastando-se cada vez mais do Criador, inventaram deuses.
Queriam ter deuses para satisfazer suas ambições: a riqueza originária da terra. Assim inventaram deuses para a terra, para a água, para as plantações, para a fertilidade feminina, para a riqueza e prosperidade, e muitos outros. apareceu a idolatria. E foram adorar esses deuses, pois perceberam que o verdadeiro DEUS não estava mais com eles nesse deplorável estilo de vida.
Resumindo, o pecado trouxe para a Terra, o nosso planeta, alterações nos costumes dos homens, dos animais e no modo de vida das plantas. Tudo tornou-se mortal. O homem passou a desconfiar um do outro e de DEUS, e criou um estilo de vida violento e interesseiro, cada um querendo ser mais que o outro. Essas cosias só foram piorando ao longo dos séculos, até chegar aos nossos dias numa situação insuportável.
REFLEXÃO: “Com o suor do seu rosto você comerá o seu pão, até que volte à terra, visto que dela foi tirado; porque você é pó, e ao pó voltará” (Gên 3:19) – NVI