cidadãos de um país desenvolvido, têm requerido passaporte expedido pelo país de origem de seus ancestrais, apoiados em seu “direito de sangue”.

A dupla cidadania oferece várias vantagens na Comunidade Europeia, inclusive a possibilidade de fixar residência sem precisar de visto, e estudar e trabalhar legalmente como qualquer cidadão europeu.

No tempo do apóstolo Paulo, a cidadania romana era também altamente valorizada, e se a pessoa não a possuísse por direito de nascimento, poderia adquiri-la por 500 dracmas, o que equivalia a quase dois anos de salário de um trabalhador comum. E oferecia os seguintes privilégios: um romano não poderia ser açoitado ou morto sem ter sido julgado e condenado; tinha o direito de votar, fazer contratos, casar-se legalmente, e era isento de impostos.

Paulo tinha cidadania dupla: era romano por nascimento, e judeu por “direito de sangue”. Reza a tradição que os pais de Paulo viviam originalmente na Galileia, e por volta do ano 4 a.C. teriam sido capturados e levados como escravos para Tarso, a principal cidade da Cilícia, na Ásia Menor, onde, posteriormente, recuperaram a liberdade, prosperaram e se tornaram cidadãos romanos. E ali nasceu Paulo. Tinha provavelmente 12 anos de idade quando foi enviado a Jerusalém para ser educado por Gamaliel (SDA Bible Commentary, v. 6, p. 209). A dupla cidadania de Paulo o livrou de ser açoitado em pelo menos uma ocasião (ver At 22:25-29).

Quando Adão e Eva pecaram, Satanás preparou o discurso que faria para Deus: “Este lugar agora é meu. Seus habitantes me escolheram e Te rejeitaram. Não tens mais nada a ver com este mundo. Passe bem!”

Satanás pretendia expulsar Deus da Terra, dizendo que Ele não tinha o direito de intervir aqui. Deus concordou. Ele não forçaria a situação. Ele nasceria aqui e adquiriria a cidadania terrestre por direito de nascimento. E como homem, venceria a Satanás. Ninguém poderia dizer-Lhe: “Não Se intrometa. Você não é daqui.”

Jesus é daqui. Ele é nosso. Ele Se fez carne e habitou entre nós. Tornou-Se o Filho do homem para buscar e salvar o perdido. Adquiriu para Si e para o crente cidadania dupla: a terrestre e a celestial.
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REFLEXÃO: “Porque Deus amou mundo de tal maneira que deu o Seu filho unigênito, para todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16)