Veja esqueceu de mencionar outros dois “pastores alados”: Silas Malafaia, da Assembleia de Deus (comprou jato de 12 milhões de dólares), e R.R. Soares, da Igreja Internacional da Graça (jato de 5 milhões de dólares). Pelo visto, esses homens não estão preocupados com os suados recursos que seus seguidores lhes confiam, nem com a opinião pública e com o descrédito que trazem sobre o cristianismo. Nos tempos de Jesus, os nobres e altos funcionários é que andavam de carruagem. O Mestre e Seus discípulos percorriam a pé as distâncias da Palestina, e assim podiam encontrar as pessoas. Não faria mal algum Santiago, Malafaia, Macedo e Soares viajarem em voos comerciais ou mesmo de ônibus. Assim poderiam falar às “ovelhas perdidas” e não apenas aos seus respectivos e cativos rebanhos.

Seria bom que esses “pastores” dessem ouvidos a declarações como esta, de Mahatma Ghandi: “Eu seria cristão, se não fossem os cristãos.” Ou a esta, do famoso escritor Arthur Clarke: “Basta olhar tudo o que foi feito em seu [do Cristianismo] nome nos últimos milênios para perceber que o Cristianismo poderia ter sido a melhor das religiões, mas nunca foi praticado direito” (Folha de S. Paulo, 22 de agosto de 1997).[MB]