Eu tenho 2 metros e 27 centímetros de altura e, como a maioria dos jogadores de basquete, facilmente nos despontamos em uma multidão. Como profissional do basquete tenho que me relacionar com os “fans-clubes” dos vários locais onde vamos jogar. É impressionante, mas tanto meus colegas quanto eu, somos perseguidos pelas meninas que fazem de tudo para sair conosco, desde o momento em que chegamos até a nossa partida. Elas estão em todos os lugares – aeroportos, recepção dos hotéis, restaurantes e quadras de jogo – sempre tentando chamar nossa atenção.
Poucos resistem a esses avanços. Eu, pessoalmente, não sei quantos jogadores do “NBA” são virgens, mas posso afirmar que são pouquíssimos. Os jogadores profissionais de basquete possuem uma imagem de super-saudáveis e, não nos ajuda muito, quando um antigo jogador, super famoso como o Witt Chamberlain vivia se gabando de já ter ido para a cama com mais de 20.000 mulheres diferentes! Enquanto me mantenho sexualmente puro, continuo a ouvir as conversas de quarto de meus colegas sobre suas últimas conquistas amorosas. Eu, porém, me recuso a permitir que isso enfraqueça minha postura, pois decidi firmemente seguir os padrões de Deus em minha vida. Falei de minha posição para meus colegas Alguns, por gozação, disseram que iriam marcar encontros para mim com algumas mulheres que consideravam irresistíveis. “…e aí veremos se você é tão forte quanto diz ser…” disseram brincando. Não quero ser mal-entendido.
O sexo em si, não é ruim. É somente uma questão de quando utilizá-lo. Deus criou o sexo para nosso deleite, mas o limitou ao casamento. Por isso estou esperando a hora certa. A Bíblia diz em Filipenses 4:13: “Tudo posso naquele que me fortalece”.
Eu me apropriei desse versículo. A Bíblia também diz que nenhuma tentação seria maior do que as forças que Ele dá. Gostaria realmente que todos os jovens ouvissem esta mensagem. É possível esperar! Nem todos estão embarcando nessa de sexo antes do casamento! Há três anos comecei a Fundação Jovem A.C. Green em Los Angeles. É uma fusão de acampamentos para jogar basquete, onde também ajudamos os jovens a encontrarem empregos provisórios durante as férias e aproveitamos para passar-lhes alguns direcionamentos.
Muitos dos adolescentes que me ouvem já são sexualmente ativos há anos. Sabendo disso eu lhes apresento o conceito da “segunda” virgindade. “Pelo fato de já ter tido sexo no passado, vocês podem pensar que agora não há mais motivos para esperar. Mas, há um caminho melhor a ser seguido. O caminho de Deus. Talvez vocês se sintam culpados, indignos, mas Deus pode perdoá-los. Vocês podem assumir perante Deus o compromisso de manterem-se puros a partir de agora até o dia em que se casarem”. Sei que esses jovens precisam de um modelo. E apesar de não querer me colocar em um pedestal, ponho-me como um referencial por Cristo.
Tenho orgulho de dizer que sou virgem e faço questão de dizer que Deus tem me dado forças para esperar. Você pode estar pensando em como conciliar minha mensagem com a de um outro colega de profissão, o conhecido Magic Johnson. Acredito que a mídia e a sociedade são mais propensas a aceitarem a mensagem de Johnson do que a minha. Ele diz que os jovens devem continuar a fazer sexo, mas que devem tomar todas as precauções e utilizar preservativos para evitar os riscos de doenças. Minha mensagem é diferente.
Os fatos mostram que nem sempre os preservativos funcionam. E, para os adolescentes, essa taxa de falhas é ainda pior. É mentira afirmar que é só vestir uma camisinha que você ficará seguro! Tremo ao ouvir essas coisas. Os preservativos já não são 100% seguros para evitar gravidez, quanto mais para bloquear o vírus do HIV, que é 450 vezes menor do que o espermatozóide. É como uma rede tentando segurar água! Algumas pessoas perguntam se eu tenho namorada.
Tenho sim. Ela é uma pessoa que resoeita a si mesmo e possui um alto padrão e valores morais. Partilhamos dos mesmos alvos e objetivos, particularmente quanto a mensagem aos adolescentes do valor da espera. A primeira coisa a ser dita é: “É preciso aprender a respeitar a si mesmo para podermos respeitar os outros.” A.C. Green – Jogador profissional de basquete do “Los Angeles Lakers”. Tinha 29 anos de idade quando escreveu esta mensagem.