Foi divertido olhar as ondinhas que se formavam e se espalhavam pela superfície da água. Empoleiradas no topo de uma saliência rochosa à margem do rio, nos sentíamos no topo do mundo – até que um grito sofrido soou pelo ar: “Ai! Isso doeu!”

Nós nos divertíamos tanto que não percebemos que o restante de nossas amigas se dirigira ao rio, lá embaixo. Uma das nossas pedras se desviara e atingira uma colega desbravadora, infligindo-lhe um doloroso ferimento na cabeça, o qual exigiu vários pontos. Enchemo-nos de vergonha e remorso. Agora, muitos anos depois, embora nossa colega tenha esquecido a dor, ainda tem a cicatriz.

Não jogo mais pedras; todavia, se não for cuidadosa, posso dizer coisas que doem mais que uma pedrada. É fácil proferir palavras que causam constrangimento e provocam grande dor. As pessoas dificilmente se esquecem das farpas lançadas em seu caminho, especialmente quando vêm de amigos e entes queridos. Lembra-se da velha frase: “Paus e pedras podem me quebrar os ossos, mas as palavras não me ferirão”? O mais exato é dizer que as palavras podem causar grande dano. Às vezes, a ferida resulta numa cicatriz emocional que permanece para o resto da vida.

As palavras têm grande poder. Dependendo de como escolhemos usá-las, elas podem destruir ou curar. Palavras bondosas têm a capacidade de erguer, inspirar, animar e fortalecer, criando alegria e amor infindos, tanto para nós como para as pesssoas com quem as partilhamos. A fim de ter uma vida verdadeiramente abençoada, devemos lançar fora as palavras negativas e falar apenas aquilo que é bom e verdadeiro. Ao fazê-lo, ondulações de alegria se espalharão da nossa vida para a dos outros.

A Palavra de Deus diz: “Há palavras que ferem como a espada, mas a língua dos sábios traz a cura” (Provérbios 12:18, NVI). Quando convidarmos o Espírito Santo para que assuma o controle do nosso coração, palavras puras e amáveis fluirão para abençoar e erguer os outros.

 

Cordell Liebrandt