Em maravilhosa linguagem poética, Débora e Baraque exaltaram o poder de Deus sobre os reis e exércitos humanos (Jz 5:1-31).

Quando Maria visitou a prima, Isabel, ela prorrompeu em um cântico de louvor sobre Deus e Seu incrível plano de salvação (Lc 1:46-55). Todos esses cânticos têm um denominador comum, embora apareçam em contextos históricos diferentes e sob circunstâncias distintas: todos descrevem o que acontece quando Deus intervém na história humana e responde aos apelos de Seus filhos.

 Leia 1 Samuel 2:1-11. Qual é o tema principal da canção da Ana?

Ana agora compreendeu, sem sombra de dúvida que Deus é completamente capaz de controlar as circunstâncias da história, bem como a própria experiência pessoal. Ela passou a ver a vida de uma perspectiva totalmente nova. As coisas que os outros se esforçam para obter e consideram absolutas são, na realidade, muito insignificantes e podem não existir amanhã. Em sua canção, Ana fez surpreendentes contrastes para destacar o fato de que as circunstâncias da vida nem sempre são como parecem. O arco dos fortes é quebrado, enquanto os fracos são “cingidos de força” (1Sm 2:4). As coisas a que damos valor frequentemente não são tão permanentes quanto parecem.

Ana achava que a verdadeira segurança não depende das circunstâncias mas de conhecer a Deus, que não muda. É Ele que nos diz que cada um de nós é especial. É Ele que nos dá valor.

Alguns têm dificuldades para entender o verso 6 na canção de Ana. Como podemos entender? Deus é arbitrário em Sua bondade ou Seus juízos? A fim de entender esses versos, precisamos nos lembrar da premissa básica do Antigo Testamento sobre a vida. É muito diferente da moderna visão de mundo: Deus é o Criador da vida e, como Criador, Ele tem direito de fazer o que quiser com Sua criação. Em outras palavras, nada neste planeta está além de Seu controle. Isso significa que, na visão bíblica de mundo, até as coisas negativas estão sujeitas ao controle de Deus. Frequentemente, os autores bíblicos descrevem essa perspectiva de modo a sugerir que Deus esteja ativamente envolvido na execução das coisas más que acontecem à humanidade. Em outras palavras, aquilo que Deus permite, Ele “faz”