A primeira vez em que as gritei foi para minha mãe, quando eu era criança e desejava fazer as coisas do meu jeito. Contudo, só me lembro desse incidente por causa da reação dela. Ela disse: “Não quero seu amor. Quero seu respeito. Respeite-me primeiro. Depois você poderá aprender a me amar”.

 A percepção de que o amor é um dom e não um direito foi uma grande descoberta para aquela pequena criatura que era eu. Também foi novo para mim o fato de que o amor e o respeito não são mutuamente exclusivos. Caminham de mãos dadas.

Obviamente, isso não pôs fim ao meu “reino de terror”. Minha mãe e eu continuamos a ter um relacionamento tumultuado. Mas, com o tempo, ele se tornou menos pedregoso, devido a uma compreensão mútua que desenvolvemos. Eu tinha decidido não responder a ela, porque achei que isso me ajudaria a evitar ser punida quando fazia algo que sabia ser errado. Contudo, logo notei que, mesmo quando não respondia, ainda era punida.

Então, concluí que devia dizer o que me viesse à mente, porque de qualquer forma seria punida. Estranhamente, isso abriu as linhas de comunicação entre minha mãe e eu. Ao longo desses anos, aprendi a confiar nela incondicionalmente. Agora posso honestamente contar a ela qualquer coisa. Confiança é a base de qualquer relacionamento. Frank Crane o expressou melhor: “Você será enganado se confiar demais, mas viverá em tormento se não confiar o suficiente.” *
Minha experiência me ensinou que o amor, o respeito e a confiança são cruciais para o estabelecimento de relacionamentos positivos e edificantes com os que nos rodeiam.