Esta lei natural está inscrita no coração e na mente de cada pessoa humana, que, no fundo, sabe o que deve e o que não deve fazer. Pode reparar, mesmo que a lei civil aprove algo anti-natural, o coração humano reage, porque não reconhece naquela instrução humana o sinal da ordenação divina. Contudo, este mandamento tão óbvio aos olhos humanos, sempre foi e ainda é violentamente violado.
Nossas vidas não nos pertencem, Deus é o dono não só da vida dos homens, mas de qualquer outra forma de vida. Como toda e qualquer coisa que não nos pertence, não temos direito nem poder sobre ela. Cabe-nos apenas cuidar com extrema atenção daquilo que nos foi confiado.
Cada momento é um dom de Deus. Cada respiração, cada olhar, cada movimento… Ele nos deu o sopro de vida, e Ele é o único que tem o direito de tomar este sopro de volta! Se Ele é o Dono da vida, cabe-nos respeitá-la, porque ao respeitá-la, respeitamos o Dono. Matar voluntariamente é transgressão da lei, portanto é pecado. É separação do homem com o divino. Não importa: pode ser homicídio, suicídio, eutanásia, briga, guerra, aborto… o mandamento é claro – “não matarás” – percebe que não há excessões depois da frase? Obviamente que de todos os pontos citados, poderão ser desconsiderados quando os atos se encontram na reação ou ação natural: legítima defesa, acidente, guerra defensiva, aborto natural etc. Talvez o mais polêmico seja a questão do aborto. É verdade, são dezenas de histórias traumatizantes e monstruosas, mas só me fica uma pergunta na cabeça: Que culpa tem a criança pura para ser assassinada? Não devemos gerar cadáveres, não importando o tamanho deles – toda vida é sagrada (Gên 9:5,6).
Outra forma de quebrarmos este mandamento é nos matando ou matando ao próximo “aos poucos”. Como fazemos isto? Quando fumamos; quando bebemos; quando nos drogamos e também com atitudes mais simples, como comer e beber aquilo que Deus nos orientou que não consumíssemos e mais ainda quando incentivamos o próximo a fazer o mesmo, seja no nosso ambiente social ou profissional, quero dizer – se distribuo ou vendo drogas ilegais ou legais estarei automaticamente rompendo o mandamento.
Estes são alguns exemplos de danos feito ao Santuário do Espírito Santo (corpo), mas e ao espírito? Este mandamento inclui também a ira e o desprezo (Mat 5:21,22) e também ao ódio (I João 3:14,15). Complicado não é? O próprio Jesus nos orientou de que estes sentimentos são como botões autodestrutivos. Somos mais ou menos assim – se as pessoas são bacanas conosco, não vemos problemas em ser igualmente bacanas com elas. Mas e quando elas nos machucam? Podemos amar quem nos prejudicou? A resposta é trocarmos a ira pela calma, o desprezo pela atenção e o ódio pelo amor! Quando não fazemos isso, nos MATAMOS aos poucos também.
Quer uma dica para viver mais e não romper o sexto mandamento? Jogue fora, afaste tudo aquilo que te faz mal, seja para seu corpo ou para sua alma. Não tenha medo de tentar hoje. Comece pelas coisas mais simples, como suas refeições. Faça algo “grandioso” também: perdoe alguém que te magoou profundamente. Mas perdoe mesmo, sem reservas, pode ser hoje também! Perdoar é esquecer e não lembrar à frente depois; é ser bondoso sem segundas intenções. É perdoar aquela pessoa que não merece, justamente como Jesus fez com cada um de nós. “Mas a vós, que isto ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam; Bendizei os que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam.” (Lucas 6:27,28).
REFLEXÃO: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno.” (Mateus 5:21,22).